26.5.10

A língua dos loucos

Quem é que nunca teve um Leandro, um Marcelo, um Mario na vida?
Tudo bem pode ser uma Juliana, uma Natália ou uma Ana...
Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa!
Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma.
A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, Mas e ai? O que isso te acrescenta?
Nessas horas sempre surge aquela pergunta:
Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá não despenca logo na sua vida?
Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane!
Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser!
Tem gente que diz que não é... Mentira!
Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido...
Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade!
Pode soar brega, cafona... Mas é a realidade.
Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor.
Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...
O que sei é que se não passou por isso, não sabe o quanto está perdendo...
O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda chance.
Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos.
Luis Fernando Veríssimo

Nenhum comentário:

Postar um comentário